sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Catherine





Criado por Persona Team

O jogo lançado pela Atlus em 2011, é descrito pelo produtor e diretor do jogo, Katsura Hashino, com uma busca de capturar o “Atlus Feel”,  um jogo que fosse único e que refletisse e projetasse a imagem da produtora.  O jogo conta com animações produzidas pelo estúdio STUDIO4°C que produziu animações muito interessantes como Mind Game (2004) e Tekkon Kinkreet (2006). A trilha sonora consiste em músicas clássicas remixadas pelo produtor musical Shoji Meguro, com músicas de Beethoven a Bach.

Mind Game (2004)
Tekkon Kinkreet (2006)

O jogo foi produzido pelo “Persona Team”, conhecido por produzir a série de RPG Persona, que conquistou uma base de fãs fieis ao introduzir um sistema de relacionamento interpessoal interessante na mecânica. O jogo é ambientado em uma “típica” High School, só que cada estudante tem uma entidade chamada de Persona que o auxilia na luta contra demônios.


A história de Catherine gira em torno de estranhos pesadelos que o protagonista passa a ter dia após dia. Vincent namora Katherine há vários anos e está satisfeito com a situação, mas os pesadelos têm inicio quando ela começa a pressioná-lo para tornar mais séria a relação. Após o início dos pesadelos  Vincent começa a ver a jovem Catherine, ele a conheceu em uma noite de bebedeira e acabou dormindo com ela e passa a se sentir culpado pela traição. Catherine é um jogo diferente de tudo pois é sobre relacionamento amoroso, os personagens são adultos e apresenta um game design sofisticado e uma arte inspirada.

Metagame Rapunzel

O jogo se desenrola em dois ambientes, durante o dia quando Vincent encontra seus amigos no seu bar favorito e em um ambiente onírico de seus pesadelos. No bar o personagem pode conversar com os amigos, com desconhecidos e até jogar uma meta game chamado Rapunzel, um arcade que mimetiza a jogabilidade quebra-cabeça vivenciada por Vincent em seus pesadelos.


Durante os pesadelos, Vincent tem que subir blocos gigantes, entre cada desafio tem um piso no qual ele encontra outros homens que sofrem com os mesmos pesadelos, neste ambiente  cada um vê os outros como ovelhas e a si mesmo como humano. Ao interagir com os personagens e subir para cada desafio o jogador responde a questionamentos morais que definem os rumos que a história pode tomar. A árvore narrativa possibilita 8 finais diferentes.



O jogo encanta pela arte bem polida, pela expressões dos personagens, pela sofisticada árvore narrativa, pela ambientação e narrativa inusual, mas acaba se apoiando nisso e não apresenta o mesmo encanto no gameplay principal. Não me entenda mal, o jogo é um bom quebra-cabeça 3D com elementos de ação mas acaba ficando apagado frente outros aspectos do jogo. Em certo momento da história uma explicação sobrenatural é dada aos eventos, aproximando da tradição imagética narrativa dos jogos antigos de seus desenvolvedores, porém perde em seu diferencial de ser sobre a vida cotidiana e uma metáfora de como o personagem processa os estresses da vida.

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